Nosso filme começa quando Daniel Larusso (Ralph Macchio), muda-se para a Califórnia com a sua mãe (Randee Heller). É interessante ver que, desde a primeira cena do filme, Daniel é forçado a amadurecer. Isso se intensifica ainda mais quando, na primeira festa em que ele é convidado por um vizinho, conhece Ali (Elisabeth Shue), uma garota rica que tem um ex-namorado encrenqueiro e fera no karatê. Logo nesse luau, Daniel tenta ajudar Ali em uma briga com o ex, e leva uma surra deste. Logo após isso, ele conclui que precisa retomar as aulas de karatê, que fazia em New Jersey, e se vingar a todo custo de Johnny Lawrence (William Zabka) e seus amigos, o que se torna cada vez mais complicado, pois ele começa a ser atormentado no colégio pela trupe praticamente todos os dias. Para completar, a escola de karatê que conheceu na nova cidade era justamente a que Johnny frequentava. Mas nem tudo está perdido, e quando ele conhece um vizinho de condomínio, imigrante de Okinawa, sua história começa a mudar.
Sr. Miyagi (Pat Morita) é um velho mestre de karatê que leva uma vida simples e tranquila, porém carrega uma história marcada por grandes perdas que se revelarão ao longo da trama. O homem que representa um Japão tradicional e antigo, além de muito sábio, aproxima-se aos poucos do jovem Daniel, e juntos começam a cultivar uma amizade interessante e, de certa forma, bem paternal. Após salvá-lo de uma das surras da gangue, decide passar todo seu conhecimento sobre o karatê para Daniel. E nesse ponto as coisas se tornam ainda mais interessantes no desenrolar da trama.
Após ambos irem até a Cobra Kai, a escola de karatê de Johnny, eles aceitam participar de uma luta que ocorrerá dali a dois meses. E é nesse meio tempo, enquanto o romance de fundo com Ali acontece, Daniel começa, enfim, a trilhar uma verdadeira jornada de amadurecimento. Sr. Miyagi, de forma sutil, começa a ensiná-lo não somente as técnicas da arte marcial, mas o sentido dela como um todo. E, diferentemente do que os garotos da Cobra Kai foram ensinados, o velho homem mostra ao briguento e impulsivo Daniel que aprender Karatê não tem nada a ver com entrar em brigas ou se vingar.
“– Alguma vez se meteu em briga quando jovem?
– Em muitas.
– Mas nada como meu problema, certo?
– Por quê? Briga ser briga. Sempre igual.
– Mas sabia karatê.
– Sempre ter quem sabe mais.
– Alguma vez teve medo de lutar?
– Sempre. Miyagi detesta brigar.
– Mas gosta de karatê.
– E daí?
– Karatê é luta. Você treina para lutar.
– É isso que você pensar?
– Não.
– Então para que treinar?
– Para não ter que lutar.
– Miyagi ter esperança em você.”
E assim, vemos Daniel desenvolvendo-se cada vez mais durante o filme, e isso é bem perceptível na forma como ele passa a se portar!
Durante essa jornada em que nem vemos o tempo passar, assistimos um velho homem que não pôde passar seus ensinamentos para frente tendo a oportunidade de ensinar a Daniel, um garoto que passou a vida sem ter um pai que o ensinasse tantas coisas. E o final, gente linda, é de encher os olhos e o coração. É simplesmente magnífico! Esse, com certeza, é um dos melhores filmes que já assisti! Vale mais que a pena ver, guardar e rever!
P.S.: Assisti ao filme através da BP Select. Para quem não conhece, é a plataforma de filmes da Brasil Paralelo. Por R$19,00 por mês, você tem acesso aos melhores filmes da vida – que passam mensagens extraordinárias! –, às análises do professor Guilherme Freire e muito mais!