16º Texto de Outono (Ano 2022): Sejamos santos!

“[…] compreendi que todas as flores que Ele criou são belas, que o esplendor da rosa e a brancura do lírio não tiram o perfume à violetinha e a encantadora simplicidade à margarida… Compreendi que se todas as flores quisessem ser rosas, a natureza perderia seu ornato primaveril e os campos não seriam mais esmaltados de florzinhas…

Acontece o mesmo no mundo das almas, que é o jardim de Jesus. Ele quis criar os grandes santos que podem ser comparados aos lírios e às rosas, mas criou também outros menores. E estes devem se contentar em ser margaridas ou violetas destinadas a deleitar os olhares do Bom Deus, quando Ele os abaixa para seus pés. A perfeição consiste em fazer a Sua vontade, em sermos o que Ele quer que sejamos…”.

Muitas vezes pensamos na santidade como algo inalcançável, concluímos que o santo já nasce santo e é aquele que realiza grandes obras. Mas o Bom Deus nos deu Teresinha para nos provar justamente o contrário. Ela não fez coisas extraordinárias como os grandes santos fizeram, pelo contrário, fez coisas pequenas e passou despercebida até mesmo pelas monjas com quem convivia — a tal ponto que, quando um padre polonês foi ao Carmelo de Lisieux e disse a Madre Maria Gonzaga que Teresinha precisava ser canonizada, a madre, que a considerava como uma das monjas mais normais e comuns, replicou que se fossem canonizar Teresinha teriam de canonizar todas as carmelitas. Aqui, Teresinha cumpriu a vontade do Senhor: mostrou-nos que não é preciso grandes feitos, mas apenas fazer o que Ele espera de nós, e fazer TUDO com muito AMOR e por amor a Ele. E como Teresinha amava Jesus!

Faz-me lembrar muito das palavras de São Josemaria Escrivá, o santo do cotidiano e fundador da Obra, que veio para nos relembrar de que todos nós, sem exceção, somos chamados à santidade. E esta, consiste exatamente em fazer a vontade de Deus, seja qual for seu estado de vida. Não é preciso grandes feitos, mas fazermos com amor e sem demora aquilo que Ele nos chama a fazer no ordinário de nossa vida. Santificar as pequenas ações do dia a dia, nosso trabalho, nossos estudos, nossos cuidados com o lar… É no dever diário que encontramos a felicidade e nos santificamos.

Sejamos santos, meus amigos!

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Sobre mim

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Maria Elisabeth

Olá, peregrino(a)! Eu sou a Maria Elisabeth, escritora, terapeuta e artesã. Comecei a escrever o blog Amar a Vida para partilhar as minhas experiências na busca por uma vida que vale a pena ser vivida. Aqui, quero te inspirar a enxergar que por detrás de todos os nossos dias comuns e aparentemente banais, sejam eles felizes ou repletos de cruzes, existe um tesouro guardado para aqueles que buscam a Verdade. Espero que goste! 

Não esqueça de entrar em contato comigo para me contar sobre a sua experiência com o blog. Vou amar te responder!

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Maria Elisabeth

Maria Elisabeth tem 24 anos, é escritora, terapeuta e artesã. Nasceu na capital de São Paulo, mas atualmente leva uma vida nômade entre São João del-Rei (sua cidade queridinha, no sul de Minas Gerais) e Salvador, Bahia, capital que tem todo o seu coração e que já lhe adotou com sucesso!

Começou a escrever o blog Amar a Vida depois de um encontro marcante, inesquecível e decisivo com Jesus Cristo. Como em um diário, aqui, Maria registra sua jornada de peregrina em busca da santidade, após a sua reaproximação com a Igreja Católica. Em cada um dos seus textos, tenta compartilhar um pouco da história de sua alma com o Bom Deus. Neles, revelam-se o grande aprendizado desta nossa peregrinação: que a vida é extraordinária não somente nas tardes ensolaradas e alegres de verão e primavera, mas também nas noites frias e tristes de outono e inverno.

“Sei que é difícil amar a vida em todas as estações (eu te entendo!), mas também sei que Jesus nunca nos abandona. Mesmo! Basta que nos entreguemos a Ele. Então, veremos que por detrás de todos os nossos dias comuns e aparentemente banais, sejam eles felizes ou repletos de cruzes, existe um tesouro guardado para aqueles que buscam a Verdade.”