Daqui a pouco mais de um mês, o blog Amar a Vida fará a sua estreia, e hoje me peguei pensando em como tudo isso começou. Em essência, mistura-se com a minha vida, com tudo aquilo que guardo em meu coração. Está impregnado de quem fui, de quem sou e de quem serei; está impregnado de mim. Isso me dá uma nostalgia boa, aquele tipo de melancolia mesclada a um sentimento doce que nos atinge quando reparamos que a vida está passando e nós estamos crescendo. Pessoas cumpriram sua parte em nossa história e se foram para dar lugar a outras, a uma nova vida, a um novo capítulo do nosso livro enquanto também continuam a escrever as próprias páginas de suas vidas. Marcamos e fomos marcados em épocas e momentos que foram especiais, alegres, tristes ou simplesmente ordinários, mas que já não se encaixam mais aqui dentro a não ser como lembranças. Doces, mas com algumas notas de tristeza, arrependimento — e muitas, muitas de crescimento e aprendizado.
Diferentemente de um momento normal do cotidiano em que nos dá um estalo para algo que definimos como genial, a ideia do blog me veio aos poucos, sem nem mesmo idealizar desde o princípio. Simplesmente caiu de bandeja em uma das minhas versões, em uma das fases da minha vida. Quando percebi, descobri-me não apenas querendo dividir as histórias que escrevia, mas amando resenhar as histórias que lia, os filmes que assistia e compartilhar sobre música e dicas de estudos. Mas a essência, aquilo que há de mais intrínseco e que é a principal mensagem que quero passar… ah, essa veio depois. Veio quando estava passando por um momento delicado.
O blog Amar a Vida surgiu na tempestade do deserto pelo qual estava cada vez mais me embrenhando. Em uma caminhada voltada para o meu interior doente e repleto de tristezas e amarguras. Entre questionar por que aquilo acontecia e perceber o quanto era necessário. Nasceu quando voltei o olhar para o céu, e tomei consciência de que, no meio do caminho, havia deixado Aquele de mais precioso para trás: Deus. E como disse um sacerdote muito querido, Frei Gilson, um dos grandes responsáveis pelas mudanças que andam acontecendo em minha vida, um verdadeiro instrumento divino, “não se tira Deus da jogada”. Quando me reencontrei com Ele, vi o porquê daquele deserto, daquela falta de vontade de viver. Deparei-me com o tamanho das minhas misérias interiores, e entendi a função maior do sofrimento: ele nos purifica. Aquele deserto estava me purificando, fazendo-me crescer e ser mais forte. E foi no meio da percepção de que precisava mudar, retirar mágoas e ressentimentos do coração e, principalmente, libertar-me para poder voltar a amar a vida; além das ideias iniciais, um desejo tomou conta do meu coração: ajudar as pessoas a se lembrarem de voltar o olhar para o alto, para o verdadeiro sentido da vida.
Então, caso você se encontre hoje em meio ao deserto, não entende o porquê de tanta apatia e falta de amor a cada segundo da sua existência, sente que precisa urgentemente voltar a se amar, a voltar seu olhar para o que é bom, belo e verdadeiro e descobrir por que você existe e qual é a sua missão nessa vida, fica. Dê o primeiro passo, talvez eu possa te ajudar. Deixe Deus transformar sua vida, assim como ele transformou a minha. De uma maneira linda e inesquecível. Abra o seu coração e viaje para dentro dele em uma descoberta que promete e requer mudanças.
Vem aí, Amar a Vida.
Em todas as estações — mesmo nas mais difíceis!
Com amor, Elisabeth.