Este ano que está indo embora foi bem complexo para mim. Nunca vivi tão profundamente as emoções humanas como nele. Em meio a muitos picos de sofrimentos, tristeza, saudades, lágrimas de dor e até mesmo de sentimentos ruins como a raiva, o ódio e o ressentimento pelo acordar desastroso de um sonho que vivia, obtive as respostas do porquê de tudo aquilo. E elas basicamente foram estas: você definitivamente precisa mudar, estava seguindo por um caminho do qual se arrependeria futuramente, jogando fora sua grande chance, deixando para trás seus sonhos genuínos de criança, tirando Deus da jogada, a cada dia um pouco mais. E, como falei em alguns posts atrás, uma lição valiosa da qual o Frei Gilson me relembrou é: não se tira Deus da jogada!

Aos poucos, aquela tristeza foi tomada pela Verdade. Reaproximei-me de Deus, da Santa Mãe Igreja, e percebi o quanto precisava perdoar e pedir perdão, jogar fora todos os sentimentos ruins que guardei e cultivei por anos em meu coração. Ah, como eles estavam me consumindo, destruindo-me!

A mudança foi vindo devagar, assim como certos abandonos. O interior transformando o exterior. O olhar diferente percebido por minha mãe, o estilo das roupas… De dentro para fora. Finalmente percebi onde estava a felicidade plena que tanto procurava em tudo mas não encontrava. Assim como nas palavras do grande santo e doutor da Igreja, Agostinho: “Tarde te amei, ó beleza tão antiga e tão nova! Tarde demais eu te amei! Eis que habitavas dentro de mim e eu te procurava fora!”.

Que eu procure cada dia mais me apoiar completamente no Senhor, buscando com coragem realizar as minhas metas e fazer daquele sonho antigo realidade outra vez, mas uma firmada no caminho de Jesus, guiada pelo Espírito Santo e com os auxílios da minha Mãezinha do Carmo, que tanto me ajudou a sair do buraco no qual me encontrava, pisando na cabeça da serpente que me atormentou por anos. A ela, pretendo me consagrar sem reservas e seguir seu exemplo inigualável de mulher forte e de mãe amável, doce, suave e grandiosa.

Que não desistamos dos nossos sonhos, pelo contrário: façamos aquilo que sempre deixamos para depois.

A vitória nunca chegará se não nos levantarmos com coragem para desafiarmos a nós mesmos.

Eis que meu ano terminou muito diferente de como começou. Meu coração está tomado pela vontade de ir atrás, de continuar mudando meu eu, tornando-me melhor e buscando o caminho de santidade, uma palavrinha da qual o mundo se esqueceu e distorceu.

A lição de dois mil e vinte um: TUDO concorre para o bem das almas.

O que espero de dois mil e vinte e dois: que não me preocupe em fazer muito, mas que eu faça tudo com amor.

Sejamos passarinhos nas mãos do Nosso Senhor! 🤍